E aí vem a minoria – ainda que
basta – que sabe de si minoria. Aqueles que conseguem enxergar as raízes podres
de sua terra. E adoram consegui-lo!
Sentem-se únicos, sentem-se
especiais. Absolutos!
Descobrem-se à parte e, à
parte, constroem-se. É mais bonito. O diferente que vale à pena. “Quem não é
como eu, não é”.
E, seguindo duas próprias diretrizes
fixas, moldam-se realmente diferentes. Daqueles. Porque, entre si, são apenas encaixes
pré-moldados que se perpetuam. Um monte de gente diferente, uma igual à outra. Os
mesmos livros, os mesmos discos, os mesmos filmes, as mesmas opiniões. Arte,
cultura, alternatividade... Vão temer afirmar que lhes agradam outros sabores. Melhor absterem-se na segurança que é dizer não conhecerem o que extrapola seus gostos premeditados.
Gosto do que eles afirmam digno gostar.
Eles quem? Quem dita sua arte?
Não me faça perguntas difíceis. Já está dito que isso é que é
bom, então é isso que sou!
Aperta-me o peito de saudade
dos tempos que inocência e ignorância permitiam-me a liberdade de admirar o que
eu considerasse merecedor de apreciação. Agora tenho notícias, revistas, livros
e personagens mil, ditando vestes, comportamentos, gostos e opiniões que devo nunca
esquecer de ainda ter para mim.
As opiniões… Meu medo são
as opiniões.
Esses seres atípicos, meu
Deus!, aos olhos de fora são apenas cópia de uma cópia de uma cópia. Julgam da
mesma forma com que são julgados, mas se percebem tão mais dignos! Afirmam-se tão
seguros, são tão eficientes em se auto-propagandear, que é quase crível que não
seguem ou não se importam com moldes a suas personalidades, em serem imitações
vivas dos personagens os quais foram mandados idolatrar.
Diferente por diferente, a única
coisa que me resta são exércitos de clones. Cada qual de sua forma, cada um com
suas convicções. Mas todos iguais.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVocê é simplesmente maravilhosa.
ResponderExcluirVocê é que é gentil! (:
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