Caíam as folhas
enferrujadas de outono.
Pela janela, o silvo leve
do vento garantia o característico frio na espinha de quando se imagina
encaixar perfeitamente numa daquelas tramas fracas de suspense.
Mas o arrepio de
verdade surgia da percepção óbvia, porém repentina, de que era aquilo e estava
certo.
Ainda possuía o ardor
juvenil imaturo da consciência que já com veemência se afirma e só aceita quem
com ela aquiesce. Reconhecia o desacerto dessa rigidez de caráter, mas ainda
não tinha vivido nada que demonstrasse que não era assim que deveria ser.
Careciam tapas da vida.
Não se pode mudar
ninguém.
Crescimento pessoal
jamais é aquisição forçada; é preciso iniciativa íntima.
O máximo que se pode
fazer é procurar abrigo nas companhias de espíritos semelhantes. Os que não
deixam de ser díspares, mas que visam à mesma busca infinita por
engrandecimento. E, na colisão com alguma diversidade latente de alguém que se
ama, almejar o que acrescenta. Alguém, com certeza, precisará se aperfeiçoar.
Oportunidade, em cada
canto há.
O erro reiterado
consome e minimiza as chances de elevação; é a ferrugem que oxida a alma.
Tal qual as folhas
que caíam lá fora.
Adorei este texto (:, estou seguindo.
ResponderExcluirVocê anda sumida. =)
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